Planejamento financeiro para médicos é um assunto que pode soar meio estranho para quem não conhece a realidade desses profissionais.
Afinal, já foi constatado por meio de pesquisas que a categoria trabalhadora dos médicos, apesar dos altos salários, tem muitos casos de pessoas endividadas.
Por isso, existem ainda aqueles que chegam ao fim de sua carreira sem nenhum plano para sua aposentadoria.
Esse é um dado que talvez não te surpreenda.
Você pode ter notado isso em sua própria vida ou através da convivência com os colegas de profissão, ouvido relatos de médicos com problemas financeiros.
No primeiro semestre de 2014, um grupo de estudantes da Universidade de Brasília (UnB) realizou uma pesquisa em parceria com uma empresa de planejamento financeiro, para analisar e traçar o perfil e os hábitos financeiros dos médicos do Distrito Federal.
O objetivo geral do trabalho era descobrir como a classe médica se endivida, como investem e como gastam seu dinheiro.
Confira a seguir, alguns dos dados coletados:
- Amostra de 106 médicos do DF;
- Renda média entre R$ 10 e R$ 20 mil. 20% com renda superior a R$ 30 mil;
- 31% não possuem dívidas;
- 17% estão endividados devido ao comprometimento da renda com parcelamento de imóveis e
- 14% estão endividados devido à falta de um controle orçamentário pessoal.
Índice
Por que médicos não aplicam sua renda?
A maioria dos médicos diz que os motivos para não aplicar sua renda em diferentes investimentos alternativos são:
- a falta de informação;
- tempo.
Além disso, os médicos abordados na pesquisa, em sua maioria, não buscam por orientação profissional no tocante a realização de investimentos.
Por outro lado, menos de 10% dos entrevistados dizem que possuem um plano para a aposentadoria.
Dica 1 – Planejamento financeiro não tem idade
O planejamento financeiro é vital em qualquer circunstância e momento da vida, simples assim.
Por isso, à medida que a idade avança, o planejamento financeiro muda e é preciso levar em conta algumas variáveis importantes.
Desse modo, é fundamental conhecer o ciclo da vida financeira e discernir em que fase estamos.
Vamos levantar 3 hipóteses:
- Quem tem 20 anos, muito provavelmente vive um momento de busca de trabalho e a renda é consideravelmente menor;
- 30 anos ainda está se estabelecendo e construindo família;
- Quem tem 40 anos vive um momento especial, com a carreira provavelmente estabelecida e família muitas vezes já construída.
Esses fatos coincidem com outros dados da pesquisa de finanças para médicos, pois, concluiu-se que quanto maior o tempo na profissão, maior é a renda mensal dos médicos, sendo que:
- 20,7% das pessoas que ganham acima de R$30.001,00, 59,1% tem mais de 25 anos de profissão;
- 100% das que recebem entre R$724,00 e R$5.000,00 tem menos de três anos de profissão.
Então, o fato é que quem já passou dos 40 anos pode e deve adotar a educação financeira como um estilo de vida.
Além disso, é natural que na meia-idade, assuntos como aposentadoria e independência financeira comecem a receber um olhar mais especial.
Uma vida tranquila depende exclusivamente de você.
Por exemplo, o planejamento financeiro na maturidade pode ser a oportunidade perfeita para definir como será a vida após a aposentadoria.
O primeiro passo é se perguntar: quais serão as suas prioridades?
Depois dos 40, é preciso dar maior atenção aos aportes e investimentos para o futuro, bem como às despesas e hábitos financeiros.
O planejamento financeiro para médicos devem ser bem avaliado pelos próprios profissionais desde o início da carreira, independente de idade.
Ninguém consegue prosperar por muito tempo sem o mínimo de educação financeira, sem dedicar tempo e atenção ao que quer realizar e conquistar.
Por isso, comece a fazer isso agora não importando sua idade e esteja atento às necessidades e oportunidades de cada período da vida.
Dica 2 – Descubra seu Perfil do Investidor
O mercado financeiro costuma categorizar os investidores:
- conservador;
- moderado;
- arrojado.
Essa divisão é feita com base no perfil dos produtos que compõe suas carteiras de investimento.
Isso reflete o grau de tolerância ao risco financeiro do aplicador.
Na área de investimentos, os médicos na faixa etária entre 31 a 37 anos são os mais propensos a confiar no próprio conhecimento para investir.
Contudo, 38% dos médicos se mostram inclinados a buscar orientação profissional por falta de conhecimento ou por confiança em consultorias anteriores.
Com conhecimento, educação e informação, conseguimos quebrar os mitos financeiros que nos prendem a antigas atitudes.
Então, dependendo do seu perfil de investidor e dos seus objetivos, independente do formato escolhido, o importante é investir.
Por isso, se você ainda não começou, comece… já!
Dica 3 – Previdência privada, uma opção para a aposentadoria!
O planejamento da aposentadoria ainda é um tabu para muitas pessoas.
Além disso, temos a sensação que a velhice é algo distante.
Dessa forma, adiamos algo que deveríamos fazer desde o início das nossas vidas profissionais o planejamento da nossa aposentadoria, ou melhor, do nosso futuro.
17% dos médicos tem idade entre 24 e 30 anos, dentro dessa parcela, 55,6% possui algum tipo de plano previdenciário.
Por outro lado, todas as outras faixas etárias apresentam 75% dos médicos que possuem algum tipo de plano previdenciário.
Desse modo, podemos concluir que:
Os jovens doutores têm menor preocupação com plano previdenciário do que os mais velhos.
Ou seja, os doutores mais jovens têm menor preocupação com o planejamento financeiro.
A Previdência Privada é uma das alternativas para quem quer uma renda complementar na aposentadoria.
No entanto, existem outras modalidades de investimento, além da previdência privada que podem ser até mais vantajosas.
Continue acompanhando nosso blog e descubra quais são.
Conclusão
Antes de cuidar das pessoas, cuide da sua saúde financeira e do seu bem-estar!
Mais do que ganhar dinheiro, é preciso saber administrá-lo.
Não deixe o dinheiro dar plantão sobre você!
Se você ainda não começou a planejar suas finanças, comece agora!
Tem interesse em saber mais…entre em contato conosco.
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